Como saber por onde anda a minha alma, se estou sempre com pressa e presa a tantos compromissos?
Somos seres que vivemos inebriados pela ação, intoxicados pelo tempo, preenchido em constante atividade, pressão, agitação…
Parar e pensar em alma?
Tá louco?
Onde poderia me levar momentos de passividade e quietude com tanta coisa que tenho para pensar, fazer, resolver?
Exatamente ao encontro de nossa alma.
O silêncio depois do barulho, a reflexão depois do movimento, a paz depois da agitação é altamente importante, vital e benéfica.
Quem
de nós realiza serenamente a maioria de nossas tarefas?
Estamos fazendo aqui, pensando no que faremos ali, daqui há 1 hora, logo mais,
o dia seguinte, a semana que vem…
Ufa!! Quem aguenta?
Oprimidos pela realidade do tempo, não percebemos a vida, por debaixo da vida.
Preocupados em nos servir da autocultura intelectual desprezamos a vida contemplativa e espiritual, como se a primeira nos bastasse.
Sim, é claro que agrada a mentalidade materialista, que ainda vê as experiências espirituais como desperdício de tempo.
Ainda alguns relegam devotos da passividade, ao asilo da esquisitice, do embuste, da insanidade mental.
Pois é exatamente neste asilo da quietude que nos encontramos com a nossa verdadeira face.
Onde somos apresentados ao nosso maior companheiro de jornada. Aquele que nos dá o alimento espiritual, a paz e as respostas às nossas indagações.
A realidade se esquiva em busca de uma simples posse, nas conquistas materiais, no ter, e ter e ter ainda mais, e nos distancia cada vez mais desse encontro profundo da divindade do nosso EU.
Somos pobres peregrinos, desperdiçando nossa preciosa existência nesta vida, perseguindo um poder que os olhos possam contemplar, e não nos damos conta que é através do que não tocamos, nem cheiramos, nem vemos ou ouvimos que se encontra a riqueza que buscamos.
A busca do sagrado, do profundo, do eterno…
No silêncio de nossa alma, bebemos o elixir da sabedoria e saboreamos o néctar da verdade da vida.
Acalmar o pensamento e tentar superar a tendência excessiva ao materialismo são passos decisivos na direção de um encontro efetivo com o nosso âmago companheiro.
…é por aí que anda a nossa alma!!