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Publicada em 04/06/17 as 16:33h por Claudia Martinez - 303 visualizações

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 (Foto: Reprodução )

Amar mais é um bom conselho e tenho procurado seguí-lo na minha vida, mas o que significa exatamente amar mais? O conceito do amor tem sido tão distorcido através dos tempos que podemos ficar confusos, principalmente no mundo atual que estamos vivendo. 

Amar mais não tem nada a ver com o nosso comportamento. Muita gente pensa que amar mais é falar com voz suave, é ser gentil, é ser simpático, é ser agradável, mas o mundo já está cheio de pessoas agradáveis. O pior é que muitas dessas pessoas agradáveis também são capazes de fazer e falar coisas muito desagradáveis e podem carregar muitas neuroses escondidas lá por dentro. O que adianta ter uma voz suave e um comportamento gentil, se lá por dentro estivermos cheios de raivas e de frustrações? 

O que adianta tratar bem a uma pessoa se lá por dentro estivermos cheios de preconceitos? O que adianta ser gentil se, por trás, falarmos mal das próprias pessoas a quem tratamos bem? 

Para amar mais de verdade, precisamos começar a nos observar, precisamos começar a nos conhecer melhor. Precisamos começar a notar que, de fato, temos um "eu" superficial e um "eu" profundo. O "eu" superficial é o ego e "eu" profundo é a nossa essência verdadeira. Precisamos lembrar que o ego sempre fala primeiro e mais alto. Vocês já repararam como a gente tem necessidade de responder ao que outra pessoa está falando, antes mesmo que ela termine de falar? Essa é uma das versões do ego, ou querendo se exibir, ou querendo atacar, ou se defender. A nossa primeira reação sempre vem do go e o pior é que ficamos tão acostumados com isso que a nossa verdadeira essência vai ficando cada vez mais abafada. Mas o ego também se manifesta primeiro nas pessoas muito quietas, aquelas que nunca dizem nada porque se sentem intimidadas ou inseguras. Essa é uma outra versão do ego. A sobrevivência do ego está sempre baseada no medo. Eu sei disso porque passei de tímida a segura de mim mesma, ou seja, passei de um extremo a outro sem deixar de atuar no nível do ego, sempre me preocupando com o que as pessoas pensavam de mim, antes de começar a me conhecer melhor. 

Para amar de verdade, primeiro precisamos encontrar a nossa verdadeira essência e deixar que ela floresça dentro de nós. Precisamos aprender a ouvir com o coração, a ver com o coração, a sentir com o coração e não só com a cabeça. Só assim vamos conseguir realmente escutar o que os outros tem a dizer, só assim vamos conseguir entender o nosso próprio sofrimento e o sofrimento dos outros. Só assim vamos poder sentir compaixão pelo próximo e poder apreciar o verdadeiro sentido do perdão e o alívio que ele pode nos trazer. Quando percebemos que estavamos aprisionados pelo ego, começamos a perceber que os outros também estão. Percebemos que eles não sabem o que estão fazendo, do mesmo jeito que a gente não sabia e, só assim vamos conseguir perdoar pessoas que antes pareciam impossíveis de ser perdoadas. É o mesmo que descobrir um mundo completamente novo dentro de nós mesmos, é uma revelação magnífica e esplendorosa. Quando a gente começa a perder o impulso de responder imediatamente, ou perder o medo de falar a nossa verdade, é um sinal de que o "eu" superficial está começando a dar espaço para o "eu" verdadeiro se manifestar. 

Ouví um exemplo outro dia, de como lidar com crianças obesas. Essas crianças podem comer um pote de sorvete de uma vez só, então deve-se fazer duas perguntas a elas, com relação à vontade de tomar sorvete. Primeiro pergunta-se: "O que você quer?" A primeira resposta é que ela quer comer o pote inteiro de sorvete, mas aí pergunta-se de novo: "O que você realmente quer?' A segunda resposta é que ela quer um pouco de sorvete. 

Nós também precisamos aprender a seguir a nossa verdadeira vontade em relação a tudo, que também vem a ser a segunda. O ego sempre esteve livre, solto e acostumado a se manifestar primeiro, porque muitos de nós nem ao menos sabíamos que tinhamos uma verdadeira essência reprimida lá dentro. Em alguns casos, precisamos observar as palavras, ou gestos, que vem à tona
com muita rapidez, em outros casos, precisamos observar o medo de se expressar que vem à tona com muita rapidez e começar a deixar a verdade fluir de dentro de nós. O ego se manifesta de muitas formas e a gente só vai começar a perceber os seus truques quando passar a observar constantemente o que está acontecendo dentro de nós mesmos. Vamos começar a descobrir o motivo de nossos receios, de nossas preguiças, de nossos medos mais escondidos e essa revelação interior vai começar a produzir milagres em nossas reações. Vamos começar a ser mais esponetaneos, mais leves, mais alegres, ou seja, tudo que Deus quer que sejamos. 

Deus não quer que façamos sacrifícios. Nós só fazemos sacrifícios quando fingimos que estamos amando, quando estamos agindo racionalmente, usando de artimanhas e manipulações para conseguir o que queremos. O ego tem essa mania de pensar que o amor é válido e útil, porque assim vamos conseguir o que queremos. Temos sido ensinados a controlar o nosso temperamento e as nossas reações porque temos que ser civilizados e eu não estou dizendo que isso está errado. O que estou dizendo é que aprendemos todas essas coisas no nível do ego, mas como o ego quer sempre levar vantagem, a nossa vida acaba virando um sacrifício, porque temos que acabar fazendo e falando coisas que realmente não concordamos. O relacionamento entre as pessoas acaba virando um desastre, não é verdade? 

O sacrifício acaba quando o eu verdadeiro começa a vir à tona, porque começamos a renunciar a coisas que não vão nos fazer nenhuma falta, como a raiva, o medo, as frustrações, etc. Ao passo que o ego concorda em renunciar de algumas coisas por puro interesse, mas chega uma hora que a farsa vem à tona e a gente acaba se revelando. O ego quer sempre vencer, ao passo que o eeu verdadeiro quer sempre encontrar uma solução onde todos possam sair ganhando. Nós vivemos num mundo dominado pelo ego, por isso existem guerras, miséria e todos os males. Mas do mesmo jeito que os seres humanos são a causa dos problemas, também somos a solução. 

A partir do momento que começamos a perceber que o bem e o mal estão dentro de nós mesmos, podemos começar a fazer escolhas diferentes. Outro exemplo interessante que escutei outro dia é que nos filmes o "mal" sempre aparece vestido de preto, em forma de monstro, ou coisa parecida. Nós ficamos com a impressão de que o mal é sempre feio ou evidente demais e nunca paramos para pensar que o mal pode estar em nós. Não, nós somos ótimas pessoas, trabalhadoras, religiosas, o problema está "nos outros", eles é que estão errados. O ego quer nos fazer acreditar que somos separados uns dos outros, mas nós somos todos unidos e se somos unidos temos que reconhecer que o problema que existe nos outros também existe em nós. Pode ser em grau menor ou maior, mas está presente em todo mundo. Então, a cura tem que partir de cada indivíduo, mas a vantagem é que essa cura é "contagiosa", no sentido de que vai se espalhando, até curar a humanidade inteira. 

Só que nós somos tão teimosos que acabamos sendo levados na conversa do ego muitas vezes e acabamos cometendo o mesmo erro inúmeras vezes, até chegar a situações desesperadoras. 

Mas não é verdade que em momentos dificílimos a gente parece encontrar uma força desconhecida que nos faz capazes de superar a situação? Essa força é a parte de Deus que está dentro de todos nós, que nos faz crescer e ser esplendorosos. Ela está sempre presente e não precisamos chegar a situações desesperadoras para encontrá-la, mas como a força do ego tem sido muito grande em nossas vidas, isso geralmente acaba acontecendo. Se estivermos conscientes de que demos de cara com a parte de Deus que está dentro de nós, vamos ficar agradecidos e passar a escolhê-la com mais frequência, mas, infelizmente, muitas vezes as pessoas saem de situações desesperadoras sem ter consciência do que aconteceu dentro delas. E, uma vez passado o sufoco, podem voltar ao mesmo padrão de comportamento anterior e acabar se colocando em situações desastrosas de novo. Por isso é importante nos conhecer melhor e ter consciência do que se passa dentro de nós. Só assim poderemos ser confiáveis, amadurecidos e felizes. 

É nesse sentido que devemos amar mais. Amar mais significa ir deixando de ser parte do problema e começar a ser parte da solução. Amar mais é purificar a nossa forma de pensar e ajudar a purificar a forma de pensar daqueles que nos rodeiam. 

Os problemas do mundo são apenas sintomas e precisamos tratar a causa deles. Isso significa que temos que tratar de nós mesmos. 

Para mim o amor é sinônimo de paz e de liberdade interior. Acho que a gente só consegue amar de verdade quando consegue perdoar (inclusive a si mesmo), quando consegue fazer novas escolhas, quando consegue deixar de querer controlar os outros. 

Amar é conseguir encontrar uma solução onde todos os envolvidos possam sair ganhando, porque isso traz a percepção correta de que somos unidos e não separados uns dos outros. 

Amar é desistir constantemente das nossas idéias pre-estabelecidas de como as coisas deveriam ser. 

Amar é ser feliz, ao invés de ter necessidade de estar sempre com a razão. 

Amar é proporcionar um espaço seguro para os seres amados, ao invés de querer controlá-los. 

O amor verdadeiro vem de dentro, do coração. Devemos orar para ser curados da necessidade que temos de impor a nossa vontade sobre os outros. 






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