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A educação vem dos avós

Publicada em 25/06/17 as 12:14h por Fabrício Carpinejar - 265 visualizações

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 (Foto: Reprodução )

Os filhos só vão respeitar os pais se respeitaram os avós. Só serão educados, só não farão birra e chantagem, choro e culpa, se souberem conviver com os avós. 

Sem o contato com outra geração mais velha, serão apenas mimados e briguentos, farão algazarra na mesa e baterão a porta do seu quarto. Quem define a educação não são os pais, mas como os pais honram os seus pais e como inspiram os filhos a se comportarem com os pais dos pais. Esse é o ponto de conversão, o espelho necessário. 

Os presentes e os cuidados, os afetos e o tempo concedido não definem um relacionamento saudável de filiação. 

Quem é um bom neto será um bom filho. A ordem não pode ser mudada. Porque a criança aprenderá a ouvir aquele que veio antes, a se importar com as lembranças familiares, a obedecer o ritmo da idade e da calma. Entenderá o que é falar depois de ouvir, o que é amar depois de fazer. Terá paciência para caminhar mais lento e a suportar infinitas versões de uma mesma história. Perderá o egoísmo da pressa. Verá que as pessoas envelhecem e precisam de cuidados maiores. Verá que a gentileza não é uma formalidade, porém um modo de preservar a rotina. 

Com os pais, os filhos são direitos. Com os avós, reconhecem quais são os seus deveres. 

Nada mais generoso do que assistir televisão com os avós e testemunhar as risadas de piadas incompreensíveis para a nova geração, para se afastar um pouco do celular e reassumir o valor da presença diante da mesquinharia das ilusões. Nada mais terapêutico do que perguntar o que significam palavras antigas. 

A avó e o avô funcionam como antídotos contra a gritaria e as ofensas. 

Criança que ajuda os avós certamente cederá o lugar no ônibus e carregará as sacolas do supermercado de uma estranha na rua. Pois sempre se lembrará daquele que gosta e tem mais vulnerabilidade. 

Filho que apenas fica com os pais é abusivo, mia e chora por qualquer coisa, não obedece, não diz obrigado, cabula as tarefas, acha que mora num castelo com a obrigação de ser servido e que todo mundo é eterno. Já filho que divide uma noite com os avós conhece o que é saudade e teme a morte. Não vai colocar a sua vontade em primeiro lugar, já que perceberá a necessidade majestosa dos mais idosos. Manterá em si um pouco do temperamento de enfermeiro e de cuidador por toda a vida. 

Mesmo que os avós não estejam mais entre nós, existe a memória deles, que permanece sendo uma permanente tutoria. 

Foi com os avós que me doutorei no meu silêncio, acompanhando o nonno na pescaria e esperando fisgar um peixe durante horas de observação do lago, que descobri o valor de um bolinho de chuva no meio da tarde e a arte de montar a pirâmide de lenha na lareira, que assimilei a importância de vestir um pulôver, tricotado pela nonna, mesmo que seja para caminhar pela sala. 

A educação é filha do amor, mas neta do respeito.

 






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