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GRITO DOS EXCLUÍDOS - A LUTA DA ESPERANÇA

Por direitos e democracia a luta é todo dia

Publicada em 07/09/17 as 16:31h por Francisco Sena Garcia - 813 visualizações

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 (Foto: Cleirton Damasceno)


Mal clareava o novo dia e já se podia ver o movimento em direção da Vila São José, a Terra dos Bons Ventos recebia a 23a. Edição do GRITO DOS EXCLUÍDOS.

A Diocese de Limoeiro do Norte na terra da Mãe do Rosário trazia suas lutas, suas dores, suas marcas de resistência, mas acima de tudo trazia meninos, jovens, homens e mulheres grávidos de Esperança, aquela que faz nascer a verdadeira Vida em abundância.

Ao longe, aproximando-se da Vila São José já se via as cores, as músicas, a alegria característica daqueles que sabem a importância da resistência em um tempo de dores e amarguras produzidas na maioria das vezes por mentes doentias, cujas servem ao interesse do capital e da total falta de escrúpulos na arte de reduzir direitos e potencializar a exploração.

Um grande café comunitário da partilha das lutas e sonhos estava posto a todos.

Ali, naquele pedacinho de chão estavam muitos que repletos de consciência produziam a CIRANDA DA VIDA. Ali cirandavam com seus cantos e com suas lutas.

Zé Maria do Tomé esteve PRESENTE, PRESENTE, PRESENTE em cada palavra de ordem, em cada harmonia, em cada grito que se ouvia.

O MST ali estava;

O movimento estudantil, também;

A luta pela água como propriedade de quem dela precisa e não do agronegócio se fazia ouvir; 

Os movimentos resistentes dos quilombolas;

As comunidades GLBTs.;

 Ali estavam homens e mulheres religiosos que vivenciam a verdadeira vocação de ver o rosto de JESUS, o Cristo, naqueles que são perseguidos por causa da justiça e que são explorados diariamente por falsos deuses que servem a Mamon e não àquele que produz vida e vida em abundância.

E assim, o Grito dos Excluídos ecoou na Terra dos Bons Ventos, em cada esquina, em cada rua, em cada parada estratégica ouviu-se o som daqueles que mesmo em terra seca e árida são capazes de produzir as mais belas sementes de esperança.

No Pai nosso dos mártires a certeza de que essa mística é para sempre, que é possível caminhar lado a lado irmãos de religiosidades diferentes, porém, de uma só mística a LIBERTAÇÃO daqueles que são OPRIMIDOS diariamente pelas forças da morte e da destruição.

Hoje, ouvimos a canção cantada de novo, éramos irmãos, vivemos por alguns instante o reinado do povo.

Que grávidos de ESPERANÇAS e SONHOS sejamos sempre um e possamos no tempo daqueles que lutam, fazer renascer a VIDA que agrada ao Criador.

"Por direitos e democracia a luta é todo dia."





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