O Carroças do Futuro surgiu em 2019 com o propósito de fabricar e distribuir carroças feitas com um material mais sustentável e funcional, com peso que traria menos problemas para os coletores.
Além disso, os protótipos de triciclos elétricos e carroças entregues pelo projeto têm um baixo custo de fabricação, o que gera um maior número de entregas, ajudando muito mais coletores.
Inicialmente, a ideia era uma parceria entre o Instituto Clima e Sociedade (ICS) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT). E, desde 2020, a Nestlé também começou a apoiar o projeto e ele ganhou ainda mais força.
Os testes com carroças elétricas começaram em janeiro e parece que agradou bastante. Adriane Andrade, coordenadora do projeto, disse que a boa avaliação recebida dos coletores deixou todos muito mais animados para novas entregas.
“Pretendemos replicar este protótipo de carroça elétrica através da aplicação de projetos piloto em microrregiões para avaliarmos o desempenho das carroças e coletarmos evidências também em relação ao aumento da capacidade da coleta seletiva e sobre as melhorias nas condições de trabalho e renda dos catadores”, conclui.
A nova carroça elétrica possui uma velocidade máxima de 5 km/h, motor elétrico com função ré e alguns itens de segurança que ajudam na locomoção do coletor, como freio, buzina, setas, rastreadores via GPS e farol dianteiro e traseiro.
Cada carroça ainda tem a capacidade de carga de até 400 Kg. A recarga das baterias possui a duração de 6h e são recarregáveis em tomada comum.
Além das carroças elétricas que já estavam em teste, o projeto disponibilizou em janeiro carroças ainda mais sustentáveis e leves, feitas de bambu. A ideia é avaliar a resistência dessa matéria-prima para fabricação de outros modelos de carroças no futuro.
O bambu promove benefícios ecológicos em sua produção e reduz a necessidade do uso de ferro extraído por mineradoras para sua estrutura.
“O Carroças do Futuro é uma inovação sustentável para ajudar o trabalho dos catadores de materiais recicláveis autônomos a trabalharem com maior eficiência, gerar maior renda e promover qualidade de vida. É a valorização para quem de fato realiza a coleta seletiva. Eles trazem uma solução para nossa cidade e hoje não são reconhecidos, trabalhando de forma insalubre e pouco remunerada”, afirma Adriane.
Olha só o Giovani, um dos catadores beneficiados pelo projeto, testando a primeira carroça de bambu:
Parabéns mais uma vez, pessoal!
Fonte: CicloVivo