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Brasileiro que vendia picolé na infância vai estudar em uma das melhores universidades do mundo

Publicada em 29/03/22 as 09:09h por Razóes para Acreditar - Gabriel Pietro - 117 visualizações

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 (Foto: Iara Morselli)

Quando criança, Wellington Vitorino, 26 anos, já era aconselhado pelos pais que só conseguiria mudar a realidade à sua volta através da educação.

“Em casa nunca faltou nada, mas também nunca sobrou”, diz ele, que estudou em escolas públicas durante o ensino fundamental. Recentemente, Wellington se tornou o primeiro brasileiro negro a ser aprovado no curso de MBA do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

A universidade norte-americana é uma das prestigiadas do mundo.

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Wellington nasceu em Niterói (RJ), mas morou boa parte da vida em São Gonçalo, também no Rio. Pouco depois de terminar o ensino fundamental, ele recebeu uma bolsa de estudos em um colégio de elite da zona sul carioca.

Após obter um desempenho notável no Enem, incluindo uma nota perfeita na redação – mil! – ele foi aprovado em todas as universidades e optou pela bolsa integral do ProUni para Administração de Empresas no Ibmec, de olho no empreendedorismo.

A trajetória de Wellington tem sido meteórica, mas as coisas foram acontecendo devagar, passo a passo. Quando tinha oito anos, o estudante universitário ajudava o pai a vender de tudo como ambulante na Praia de Saquarema.

Com a experiência adquirida, ele abriu sozinho um negócio de revenda de picolés aos 12 após ser autorizado pelos policiais da área a vender dentro do Batalhão da PM.

A paixão por empreender começava ali. Logo, a revenda de picolés se estendeu para a revenda de doces também. Nos anos seguintes, ele já tinha 23 pontos de comércio na cidade.

Para dar conta da clientela, Wellington envolveu a família no negócio, contratando a tia e também um freelancer para ajudar nas entregas.

Foram cinco anos atendendo o ponto de venda no batalhão. Nesse meio-tempo, ela fazia questão de “prestar contas” de seus boletins escolares para o coronel da instituição, que lhe conseguiu uma bolsa de 50% em uma escola particular de São Gonçalo – o valor restante das mensalidades, o rapaz insistiu que iria pagar com o lucro dos doces.

Wellington atribui a guinada profissional a uma palestra sobre negócios e carreira que participou. Depois do evento, ele mandou ao palestrante um e-mail contando sua história.

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A atitude lhe rendeu frutos, pois conseguiu uma bolsa integral para o terceiro ano do ensino médio na Escola Parque. Era uma rotina puxada, das 7h às 20h entre trabalho e estudos, que ele não conseguiu acompanhar.

Suas notas baixaram consideravelmente, já que ele não tinha tempo para estudar e compensar a defasagem de aprendizado entre o ensino público e o privado.

“No 1º bimestre, fui reprovado em seis disciplinas”, relembrou. Mas ele não desanimou! Com a ajuda de uma professora, arranjou um local mais perto da escola para ele ficar. Antes, Wellington dormiu por 8 meses na sala dos professores de uma escola pública no Leblon.

“A cada passo que se dá na vida, precisamos levar outras pessoas conosco”

Com a aprovação no Ibmec, o estudante se destacou como bolsista e monitor da universidade.

No meio da graduação, Wellington entrou em um processo seletivo na Fundação Estudar, sendo um dos 24 escolhidos entre 60 mil candidatos! Ao final, ele ganhou o prêmio de “Bolsista do Ano”, entregue pelo seu fundador, Jorge Paulo Lemann.

A experiência na fundação inspirou o rapaz a criar seu próprio instituto, o ProLíder, que exalta a importância dos jovens no futuro do nosso país.

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Segundo Wellington, o objetivo é ajudar na formação de jovens lideranças. “A cada passo que se dá na vida, precisamos levar outras pessoas conosco. Esse é um dos objetivos do ProLíder”, afirmou.

Com o amadurecimento do ProLíder, o rapaz criou o Instituto Four, organização sem fins lucrativos que também forma e desenvolve jovens líderes que pensam em maneiras de resolver desafios do Brasil.

Até aqui, mais de 200 lideranças, amplamente diversas, foram formadas para atuarem no meio público, político e empreendedor. “Desde 2016, já falávamos de inclusão e diversidade de gênero, etnia, orientação sexual, classe social. E também buscamos jovens fora dos eixos de Sul e Sudeste”, disse Wellignton, acrescentando que a organização já teve jovens que se tornaram prefeitos, vereadores, investidores e receberam prêmios, além de dois aprovados na Universidade Harvard.

Fonte: Correio Braziliense




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